A (péssima) ARTE DE VENDER PEIXE PODRE

O edil de Nampula, Castro Namuaca, do partido Frelimo, e os seus títeres da corte estão metidos a especialistas na arte de vender peixe podre nos últimos dias. Há sensivelmente um ano do fim do seu mandato, Namuaca e a sua turma querem convencer aos nampulenses de que estão preocupados com a precaridade em que se encontram as ruas e avenidas da cidade de Nampula. Na vã tentativa de aldrabar os eleitores da considerada capital do norte e renovar o seu mandato, eles prometem que até ao final de 2013 não haverá buracos nas estradas da urbe.

A título de exemplo, o vereador para Área de Fiscalização, representando a edilidade, veio a público dizer que já estão criadas todas as condições financeiras e materiais para resolver o problema da degradação das vias de acesso. Porém, os mais caricato é que as ruas identificadas para beneficiarem da suposta reabilitação não passam de umas simples ruelas cuja extensão não ultrapassa um quilómetro.

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Inesperadamente, as ruas das Flores, França, entre outras, assistiram a um movimento desusado de veículos de construção descarregando carradas de areia. Algumas artérias da cidade apenas beneficiaram de remendos. Os munícipes menos atentos e sem nenhuma emoção crítica devem ter achado a iniciativa das autoridades municipais louvável, quando, na verdade, a edilidade está a tentar distrair os Nampulenses dos reais problemas da cidade, nomeadamente o crescimento desordenado de bairros como Namutequeliua, falta de água potável em Muhala-Expansão, Namicopo e Carrupeia, e o lixo que coloca a olho nu a ineficiência de um Conselho Municipal quase inexistente na vida da urbe e dos munícipes.

Na verdade, as pseudo-obras de reabilitação das vias públicas não passam de uma trapaça, um atestado de estupidez para os Nampulenses, um teatro mal encenado por um punhado de gente que vive na modorra física sustentado pelos contribuintes para fazer valer as leis ou posturas municipais e criar um ambiente de bem-estar para todos os munícipes desta cidade que a cada dia que passa se transforma no coração económico de Moçambique. Diga-se em abono da verdade, são cidades como Nampula em que o fenómeno do enriquecimento têm desdobramentos visíveis, embora não se perceba a origem dessa riqueza.

Durante o seu mandato, Namuaca pouco ou quase nada fez em prol da cidade, ou seja, não chegou a cumprir metade das suas promessas eleitorais. Portanto, é chegada a hora dos Nampulenses exigirem a prestação de conta e não embarcarem na história/projecto de melhoramento das vias de acesso sem nenhum impacto na vida dos cidadãos de quem passou sensivelmente quatro anos numa profunda sonolência.

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